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Alunos do CEI Jardim Sofia se apresentaram na tarde de terça (24) |
O segundo dia de apresentações do Concurso Teatral Água para Sempre foi marcado por uma diversidade de propostas. Onze Centros de Educação Infantil (CEIs) se apresentaram nesta terça-feira (24) apostando nas mais variadas ideias: houve CEI que optou por trabalhar apenas com música, outros apenas com texto, ou ainda com teatro de sombras. Somados os dois turnos, manhã e tarde, as apresentações atraíram um público de cerca de 500 espectadores.
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CEI Odorico Fortunato |
Os cenários e os figurinos das peças eram, em sua maioria, feitos de materiais recicláveis, condizendo com a proposta pedagógica do concurso, a do cuidado com o meio ambiente. As professoras relataram dificuldades no processo de criação, tais como o tema abstrato e a falta de concentração dos alunos. Mas o desejo de alcançar o objetivo sempre foi maior que os obstáculos. “As crianças nos ensinaram que as coisas podem dar certo, que são possíveis. Nós [adultos] às vezes desacreditamos, mas elas não, elas acreditam”, conta emocionada a professora Tatiana Paula M. Morbis, do CEI Paraíso da Criança.
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CEI Mundo Azul |
Segundo a professora Juliana Tomio, da Escola Municipal Eugênio Klug, durante a fase de montagem da peça, os alunos visitaram uma nascente próxima à escola, em Pirabeiraba, e aprenderam sobre o processo e a importância do tratamento da água que consomem. A turma sempre agiu de forma positiva, inclusive cobrando melhores atitudes dos pais em casa. “Se não os conscientizarmos agora, com o passar do tempo será mais difícil”, conclui.
Simone Pereira, mãe de Vitória Heloísa Alexandra, do CEI Pedro Colin, comprova que a nova geração pode ensinar muito aos pais sobre consciência ambiental. A filha, de quatro anos, agora lembra a mãe a respeito da importância de economizar água no dia a dia. “Eu sempre tive costume de lavar a louça de torneira aberta. Depois das atividades na escola, ela começou a chamar minha atenção”, conta Simone.
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Tatiana Brito de Carvalho (no centro da foto) levou a família para prestigiar a apresentação da filha Maria Eduarda, de cinco anos, aluna do CEI Mundo Azul |
Avô, mãe, tia e irmã esperaram ansiosos pela apresentação de Maria Eduarda, de cinco anos, do CEI Mundo Azul. “É a primeira vez que Maria Eduarda se apresenta, achei lindo”, conta orgulhosa a mãe Tatiana Brito de Carvalho. “Sempre me preocupei com a separação do lixo e a economia de água em casa, mas minha filha, depois que começou o projeto do concurso, passou a cobrar atitudes conscientes mesmo assim”, diz Tatiana.
Para o ator Robson Benta, que acompanhava as apresentações da plateia, o grande ganho desse trabalho é o processo de aprendizado pelo qual passam as crianças. “O ganho no processo é gigante, pois elas participam, ajudam a criar, a confeccionar, aprendem”, afirma. “Mas nós precisamos garantir que os efeitos desse aprendizado não sejam passageiros”, conclui.
Julia Caroline Marckzc, do CEI Jardim Sofia, com a simplicidade e a sabedoria de quem tem cinco anos, resume bem a ideia do Concurso. “Aprendi que vencer não importa, mas ser feliz”.
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