Um ano de "Óleo e Água Não se Misturam"

Balanço é apresentado a apoiadores e parceiros do programa que promove o recolhimento do óleo de cozinha usado




O diretor de expansão e novos negócios da Águas de Joinville
Alberto Jorge Francisco fala sobre o programa e sua expectativa de ampliação

 
Ontem (14/6), o evento que comemora o primeiro aniversário do programa “Óleo e Água não se misturam” apresentou um balanço e os objetivos para avançar e atingir mais a população de Joinville. Estiveram presentes o vice-prefeito Ingo Butzke, o presidente do conselho administrativo da Águas de Joinville Eduardo Dalbosco e a presidente da Fundema Maria Raquel Migliorini de Matos, que foram recepcionados pelo diretor de expansão da Companhia Alberto Jorge Francisco. O público era formado por representantes das associações de Catadores Recicladores de Joinville, líderes comunitários e empresariais e parceiros governamentais.

A fim de evitar problemas na rede coletora e no meio ambiente, o programa "Óleo e Água não se misturam” tem como objetivo informar e orientar a população sobre o descarte correto do óleo de cozinha usado. Tem patrocínio da Caixa Econômica Federal, parceria com a Fundema, Ambiental, Secretaria de Infraestrutura, Eco-biosul e apoio da Tigre, Fundamas e Secretaria Municipal de Educação.

“O programa já coletou cerca de 15 mil litros de óleo em um ano, mas para o tamanho de Joinville essa quantidade pode aumentar muito", disse Alberto Jorge Francisco, diretor de expansão da Águas de Joinville. "Planejamos ampliar a divulgação, atingir mais pessoas e multiplicar esse número".

“Não precisamos de legislação, precisamos de ação”, afirmou o vice-prefeito Ingo Butzke. “O programa precisa de um efeito multiplicador em favor do meio ambiente”. Eduardo Dalbosco lembrou a origem da palavra sustentar. “Sustentar é não deixar morrer. Precisamos manter esse programa vivo para beneficiar mais pessoas e a natureza”.

“Foi um programa que apresentou resultados rápidos. O símbolo do funil azul é muito forte. A pessoa que tem o funil se lembra rapidamente de usá-lo quando está para jogar o óleo na pia”, avalia Maria Raquel de Matos, presidente da Fundema.

O geógrafo Ramiro Baggenstoss apresentou o resultado de seu trabalho de pós-graduação na área de gestão e educação ambiental. Uma das conclusões de sua pesquisa é de que a população joinvilense tem consciência de que óleo descartado na pia ou no vaso sanitário prejudica o meio ambiente. “Por isso operacionalizar a coleta correta com o uso de funil é o diferencial do programa”, complementa.

“Hoje tive uma visão mais ampla de como funciona, o programa está de parabéns”, diz Iraíde Ribeiro de Paula Costa, que faz a triagem de materiais na Associação Cooperandi. “Tem o benefício ambiental, e também de cada família que recebe as cestas básicas”.

O programa surgiu devido à grande incidência de gordura na rede coletora de esgoto: 40% dos entupimentos eram consequência do óleo de cozinha jogado na tubulação, que traz transtornos à população, problemas no sistema de esgotamento sanitário, além de degradação ambiental.


Balanço
Em resumo, nesse ano foram recolhidos aproximadamente 15 mil litros de óleo, que deixaram de entupir a tubulação e se transformaram em sabão, biodiesel, ração animal e 100 cestas básicas para pessoas carentes. “Um litro de óleo gera crédito de R$0,20, que são revertidos em cestas básicas para Cooperativas de Reciclagem em parceria com a empresa Eco-biosul”, afirma a coordenadora do projeto Alessandra Mendes. Hoje são 60 ecopontos (postos de coleta de óleo usado) espalhados na cidade.

Foram feitos jogos educativos, palestras e teatros de bonecos nas escolas, e também realizadas palestras educativas em empresas. Cerca de 72 mil funis e folders foram distribuídos por agentes da Fundamas, agentes de saúde e agentes socioambientais da Companhia.

Entre as ações planejadas para a expansão do programa estão a distribuição de mais 40 mil funis, 135 mil flyers que serão entregues pelos leituristas a cada cliente da Águas de Joinville e instalação de mais 100 bombonas (reservatórios de óleo usado). A ampliação do programa inclui 10 escolas estaduais que terão atividades de educação ambiental. Pretende-se também instalar ecopontos em postos de gasolina e nas cooperativas de reciclagem.


“Óleo e água não se misturam” em números

15.285 litros de óleo recolhidos (dado até maio/2012)

100 cestas básicas distribuídas

60 ecopontos para coleta de óleo usado

100 bombonas (reservatórios de óleo) nos ecopontos

25 palestras educativas ministradas

Mais de 600 pessoas presentes nas palestras

120 mil flyers que já estão sendo entregues durante a leitura no mês de junho

50 mil funis já foram distribuídos (20 mil pelo Sesi nas empresas durante a ginástica laboral e 30 mil pelos agentes ambientais da Fundamas/Fundema)