quarta-feira, 20 de junho de 2012

Águas de Joinville na Rio +20

O presidente da Companhia Águas de Joinville, Luiz Alberto de Souza, faz parte da comitiva que representa Joinville na Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, na próxima sexta-feira (22) no Rio de Janeiro. Representantes joinvilenses farão parte da programação do “Dia das Cidades - Cidades Sustentáveis com Soluções Locais Integradas - Painel para Prefeitos em Liderança Local Dirigindo a Mudança Global”.
Entre as questões que deverão ser respondidas, os governantes mostrarão como suas cidades contribuíram para o desenvolvimento sustentável em nível global, citando exemplos e situações, além de explicar quais são os principais desafios para alcançar o desenvolvimento urbano sustentável e o que os governos locais necessitam fazer para que isso seja possível. Outros líderes também responderão estas questões – os prefeitos de Maringá (Brasil), Buenos Aires (Argentina), Istambul (Turquia), Thekwini (Sul da África), México (México), Montpellier (França) e Malé (Maldivas).

O evento, que marca os 20 anos de sua última edição – Rio 92 – pretende contribuir com o desenvolvimento sustentável do planeta para as próximas décadas. A Rio +20 tem como objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e, também, do tratamento de temas novos e emergentes. Ela será dividida em dois temas: 1) A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; 2) A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

Acompanhe o evento, acesse: http://www.rio20.info/2012/


O que Joinville tem para ensinar ao mundo?

Quando aconteceu a segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também como ECO-92 ou Rio-92, Joinville tinha pouco mais de 347.151habitantes¹ e apenas 12% de seu esgoto tratado, porcentagem que não se alterou até 2010.

A Joinville que a Rio +20 vai receber, já com 515.288 habitantes², terá o Plano Municipal de Saneamento concluído. Uma iniciativa que propõe estratégias de intervenção de curto, médio e longo prazo e que possibilitou a estruturação de um programa para elevar, no menor tempo possível, os índices de esgoto saneado.

Com mais de 21% de seu esgoto tratado, Joinville quase dobrou seus índices sanitários de 2010 para cá, números que ainda chegarão a 38% no final de 2012, com previsão de ultrapassar a marca dos 50% nos próximos dois anos.

É essa Joinville que o mundo inteiro irá conhecer sexta-feira (22), no Dia das Cidades.

É esse modelo de gestão sustentável que será apresentado. Os líderes mundiais poderão apreciar o diferencial dessa política que, ao optar pelo desenvolvimento com sustentabilidade, colocou o cidadão joinvilense como prioridade.

Nesse sentido, os R$ 250 milhões investidos em água e na expansão da rede coletora de esgoto pela Prefeitura e Companhia Águas de Joinville têm como resultados ações que melhoram aspectos sanitários e econômicos com mais rapidez do que os que serão sentidos pela natureza.

Sanitariamente, as obras ajudam a construir uma cidade mais saudável com universalização do acesso à água potável e onde o esgoto produzido pelas casas deixa de acumular em redes de drenagem e de degradar rios próximos ou, ainda, se depositar à porta de comunidades que vivem da pesca, passando a ser adequadamente transportado e tratado. No âmbito econômico, além do aumento do valor comercial dos imóveis atendidos pela rede coletora e da infraestrutura adequada para novos empreendimentos, há o aquecimento do mercado de trabalho na construção civil.

Mas para chegar até essa revolução, o poder público teve que buscar recursos, adequar projetos e, enfim, realizar obras que seriam bem menos complexas se realizadas à medida em que a cidade ia crescendo, para que as intercorrências naturais de uma grande obra fossem encaradas menos como problemas e mais como parte da solução.

Todas essas mudanças chegam com 30 anos de atraso, mas bem a tempo de se tornar exemplo diante do maior painel mundial de discussões ambientais.

¹ - Dados do Censo 1991
² - Censo 2010

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