quarta-feira, 4 de julho de 2012

Autoridades fazem visita técnica à ETE Espinheiros nesta sexta (6)

 
ETE Espinheiros terá uma Estação de Tratamento de Lodo própria, que vai retirar
o excesso de lodo e destiná-lo para descarte adequado em aterro

Autoridades estarão nesta sexta-feira (6/7) na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Espinheiros, com objetivo de conferir os últimos estágios da obra, que soma investimentos de quase R$ 10 milhões. A parte de construção civil está praticamente concluída; resta apenas finalizar a pavimentação das vias internas, ajardinamento, instalação de equipamentos eletromecânicos, hidráulicos e pintura da estrutura.

Diretores e técnicos da Águas de Joinville acompanharão a visita, que acontece por volta do meio-dia. A ETE, junto com a rede de esgoto já instalada, atenderá todos os moradores do bairro Espinheiros. A Estação já está preparada para o crescimento demográfico local. “A Estação possui capacidade para atender mais de 10 mil pessoas, com possibilidade de ampliação para 13 mil”, revela Grasiela Breis, coordenadora das estações de tratamento de esgoto da Companhia Águas de Joinville.

A rede coletora evitará que o esgoto produzido no bairro continue sendo despejado nos rios e manguezais da região. O impacto positivo para o bairro Espinheiros vai além do ambiental, atingindo também aspectos sociais ao melhorar a qualidade de vida dos moradores, especialmente os que vivem da pesca artesanal. “A estação de tratamento de esgoto vai melhorar a paisagem da Lagoa do Saguaçu e também a vida da comunidade de pescadores que vivem no local”, aponta Luiz Alberto de Souza, presidente da Companhia.

“Os usuários serão informados quando poderão fazer a ligação na rede coletora de esgoto. É importante mencionar que a água de chuva seja ligada na drenagem pluvial, totalmente separada da rede de esgoto”, lembra Grasiela Breis. A Companhia Águas de Joinville tem investido fortemente em obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário e na melhoria na distribuição de água. Hoje, no total, são mais de R$ 300 milhões revertidos em melhorias nos serviços de saneamento básico.


Tecnologia e preocupação com o meio ambiente

Diferentemente das lagoas de estabilização, caso da ETE Jarivatuba, a ETE Espinheiros terá sistema fechado. Além do monitoramento local, também haverá monitoramento com acesso remoto. Outro diferencial da nova ETE em relação às outras já em operação é a concentração de matéria orgânica e vazão, que se mantêm constantes graças à presença de um equalizador. Esta estabilidade permite maior controle de todo o processo.

“Esta é a primeira ETE de Joinville que possui esse nível de automação”, revela a bióloga da Águas de Joinville Cláudia Rocha. Além disso, a ETE Espinheiros terá uma Estação de Tratamento de Lodo própria, que fará o deságue do excesso de lodo resultante do tratamento para posterior destinação adequada em aterro.


 
Confira as fases do tratamento de esgoto:

1) Tratamento preliminar ou primário – gradeamento / caixa de areia / caixas de gordura. Resíduos sólidos, areia e boa parte da gordura ficam retidos nessa fase.

2) Equalizador – A concentração de matéria orgânica e vazão se mantêm estáveis.

3) Reator UASB (Reator Anaeróbio de Manta de Lodo) – Degrada a matéria orgânica gerando como subproduto gás. Cada reator terá um queimador de gás, para evitar a dispersão de mau cheiro.

4) Tanque de aeração – sistema de Lodos Ativados SBR (Reator Sequencial em Batelada) – Nessa etapa há 2 tanques. Os processos de aeração e decantação ocorrem no mesmo tanque, com ciclos de operação controlados por um CLP (Controlador Lógico Programável) que faz o acionamento dos aeradores, além da abertura e fechamento das válvulas.

5) Desidratação de lodo – A ETE contará com uma pequena Estação de Tratamento de Lodo (ETL). O lodo segue para um contêiner denominado Skid para ser desidratado por meio de um sistema de flotação. Depois vai para uma centrífuga e, na sequência, é encaminhado para o aterro sanitário.

6) Tanque de contato – Fase de desinfecção, feita com hipoclorito de sódio. Depois, o líquido é bombeado por meio de uma estação elevatória e levado até o corpo receptor.

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