terça-feira, 30 de março de 2010

Presidente fala do desempenho e dos projetos da Cia Águas na ACIJ


Números positivos, baixo endividamento, balanço superavitário, gestão eficiente e dinheiro guardado para os investimentos necessários. Este foi o cenário apresentado pelo presidente da Companhia Águas de Joinville, Atanásio Pereira Filho, na Associação Comercial e Industrial de Joinville na reunião ampliada da entidade, que aconteceu na noite da última segunda-feira (29).

A companhia projeta investir mais de R$ 212 milhões nos próximos dois anos. Mas, para tanto, será necessário o desembolso de quase R$ 36 milhões das reservas da empresa (A Águas de Joinville fechou 2009 com quase R$ 40 milhões em caixa), em contrapartida aos financiamentos. Outros R$ 6 milhões, também de recursos próprios, serão investidos na construção de uma unidade de tratamento de lodo na ETA Cubatão. Tais movimentos farão as reservas caírem de maneira vertiginosa e o endividamento também alavancar na mesma proporção inversa. O índice de endividamento da companhia hoje está calculado em confortáveis 4%, deverá passar para mais de 60% no final de 2012. Conforme Atanásio Pereira Filho, a Companhia está preparada para este novo momento.

O presidente também falou das obras em andamento. Para melhorar o sistema de distribuição de água, a companhia está construindo dois novos reservatórios, um no Morro do Finder, com capacidade para 8 milhões de litros, e outro na Rua Tupy para 6 milhões. As redes de subadutoras e de macrodistribuição do reservatório do Morro do Finder já estão concluídas. As redes do futuro reservatório da Rua Tupy estão em obras. Outra obra importante para garantir a crescente demanda por água é a nova adutora do Piraí, obra que representará mais de R$ 19 milhões em investimentos.

Quanto ao esgoto, o presidente da companhia falou sobre a conclusão das obras de implantação de rede no Jardim Paraíso, Jardim Sofia e Vila Cubatão (inclusive com a finalização da estação de tratamento de esgoto que servira estas localidades), a conclusão de implantação da rede no Morro do Amaral, e os passos seguintes para se chegar aos bairros Paranaguamirim, Pirabeiraba, Morro do Meio, Espinheiros, Vila Nova, Saguaçu, Iririú, Glória, Atiradores, América, Anita Garibaldi, São Marcos, Nova Brasília, Costa e Silva, Santo Antônio e Bom Retiro. A companhia também projeta para os próximos dois anos a construção de uma nova estação de tratamento no Jarivatuba, substituindo as lagoas de estabilização.

Fonte: Assessoria de Comunicação

terça-feira, 23 de março de 2010

Mais gente, menos água

Por HELENA DAUSACKER DA CUNHA*


A água, recurso mais precioso do planeta, é fundamental para o desenvolvimento sustentável, o crescimento econômico e a diminuição da pobreza. Por se tratar de um recurso finito, que está em seu limite de consumo, provavelmente será o motivo de guerras neste século. Robin Clarke e Jannet King relatam, em “O Atlas da Água”, que mais de um terço da população mundial não dispõe de água. E a situação está se agravando. Em 2000, o mundo usou duas vezes mais água do que em 1960.

O Brasil concentra entre 12% e 16% do volume total de recursos hídricos da Terra. Embora essa seja uma participação expressiva, os recursos não são distribuídos de forma homogênea e encontram-se ameaçados. As regiões Sul e Sudeste apresentam recursos relativamente abundantes, mas o elevado grau de urbanização, a densidade populacional e os usos múltiplos da água estão levando à escassez em algumas regiões.

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, tem dois mananciais de captação com qualidade excelente, os rios Piraí e Cubatão. A demanda na região apresenta um crescimento constante em função de fatores demográficos e socioeconômicos. Segundo um estudo de técnicos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, o balanço entre a oferta e a demanda hídrica é preocupante, principalmente entre os meses de abril e agosto. Com as tendências de evolução das demandas, haverá conflito entre o abastecimento público e os outros usos nas próximas décadas.

Ambos os mananciais têm suas nascentes em áreas de proteção ambiental na serra do Mar, sem fontes significativas de poluição até os pontos de captação. No rio Piraí há 100% de cobertura vegetal, turbidez, cor e dentro dos melhores parâmetros. O rio Cubatão também tem água de qualidade, não como a do rio Piraí, mas há uma boa cobertura vegetal nas margens do rio e a vazão atende perfeitamente às necessidades.
Joinville poderá ter água em abundância e de boa qualidade por algumas décadas. Mas, para isso, precisamos monitorar as situações de risco, que são a preservação das nascentes e mananciais de abastecimento, a sustentabilidade do sistema de abastecimento, a instalação de hidrômetros em todos os locais que recebem água potável para disciplinar o consumo e evitar o desperdício, e o controle das perdas na rede.

O sistema de Joinville é suficiente para abastecer uma população de quase 1 milhão de habitantes. Entretanto, as perdas comprometem de forma representativa o abastecimento em períodos de maior demanda, embora a capacidade nominal de produção devesse, teoricamente, suprir com folga estes períodos de pico. Estima-se a existência de um grande número de vazamentos na rede, dos quais a grande maioria não é detectada em função da absorção de pequenas vazões pelo solo arenoso e, portanto, não chegam a se manifestar na superfície. Em cinco anos de trabalhos, a Águas de Joinville reduziu o índice de perdas de 60% para 39%, mas ainda há muito trabalho a fazer.

Apesar da disponibilidade e da qualidade da nossa água, existem problemas que, se não forem resolvidos a tempo, podem comprometer o abastecimento.

A bacia hidrográfica de abastecimento do Cubatão é vítima do processo de degradação proveniente da histórica ocupação humana ao seu redor e vem sofrendo ao longo dos anos sérias ameaças à sua conservação. A poluição de suas águas devido aos despejos das indústrias e do esgoto doméstico, o assoreamento acelerado pelo desmatamento criminoso, a ocupação ilegal das áreas públicas, a contaminação por agrotóxicos, as obras mal dimensionadas e as atividades mineradoras no leito do rio contribuem para acelerar este processo.

A sobrevivência ecológica dos rios Piraí e Cubatão submete-se à própria importância econômica e social, pois geram recursos naturais e saúde à população. Os possíveis cenários para o futuro variam e dependem de políticas, ações locais e cumprimento das leis ambientais. Os principais desafios são a proteção dos mananciais, a proteção da biodiversidade, o estímulo ao reúso da água e consumo consciente.




O PAPEL DO JOINVILENSE

A água gasta no banho, a máquina de lavar usada com pouca roupa, a torneira pingando e até o tempo que se demora em lavar a louça. O uso doméstico da água é uma das formas mais evidentes de consumo. Quando as pessoas ganham mais dinheiro e elevam o padrão de vida, seu uso doméstico de água aumenta.

Embora o balanço entre oferta e demanda de água em Joinville seja positivo, parte da população sentiu a dificuldade da falta de água decorrente do alto consumo nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

Se o mundo fosse uma caixa-d’água sendo abastecida por uma torneira e fornecendo água por outra, a quantidade de água que sai seria muito maior do que a que entra, compara o coordenador do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis da entidade ambientalista WWF-Brasil, Irineu Tamaio. Nós já estamos roubando recursos das próximas gerações.

A água tratada é sinal de saúde. Faça também sua parte, evite riscos, limpe regularmente sua caixa-d’água, economize água, informe vazamentos e denuncie atos de vandalismo.

A sociedade tem papel fundamental na preservação da água. O destino da água em Joinville depende de como cuidaremos dela em nossas casas e de como o poder público cuidará de nossos recursos naturais. Lembrando que cabe a nós, cidadãos, fiscalizar e cobrar a atuação do poder público.


*Helena é engenheira sanitarista e ambiental formada pela UFSC. Tem aperfeiçoamento em gestão ambiental para empresas de saneamento e capacitação em gestão de recursos hídricos. É integrante do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Cubatão (Norte) e Cachoeira e coordenadora de Controle de Qualidade da Companhia Águas de Joinville.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Um projeto e oito jeitos de mudar o Mundo

Joinville assume compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Buscar soluções novas para antigos e novos problemas globais é um dos alicerces do Projeto do Milênio, movimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que traz um plano de ações concretas conclamando governos e sociedade a contribuir para que o mundo reverta o quadro de pobreza, fome e doenças opressivas que afetam bilhões de pessoas. Na semana passada, Joinville marcou seu compromisso com o movimento "Nós Podemos Joinville”. A solenidade de abertura do encontro aconteceu na quinta-feira (18) na AMUNESC. A Companhia Águas de Joinville foi representada pelo diretor comercial, Maristeu Pinto Davies.

São oito os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), dentre os quais, erradicar a pobreza e a fome, atingir o ensino básico universal, promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Conforme o diretor Maristeu Pinto Davies, a Companhia Águas de Joinville acompanha a abertura do Encontro Municipal do Movimento "Nós Podemos Joinville” ciente de suas responsabilidades com o meio ambiente de Joinville. “Garantir água de qualidade a 99% de nossos cidadãos é uma meta já alcançada. Mas, ainda temos muito que fazer em relação ao esgoto sanitário. Enquanto não alcançarmos níveis de tratamento de esgoto compatíveis com nosso desenvolvimento econômico, social e tecnológico não descansaremos”, disse.

Engajada com o ODM 7, que visa garantir a sustentabilidade ambiental, a Companhia contribui para que o Brasil atinja sua meta de reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura e a esgotamento sanitário até 2015. Através de investimentos na área de educação ambiental e em obras de coleta e tratamento de esgoto, a Águas de Joinville pretende superar o patamar de 50% de cobertura sanitária até 2012, além de garantir a manutenção e ampliação da rede de distribuição de água que atualmente atende a 99% da população.

Movimento “Nós Podemos Joinville" reuniu vários setores Joinville

O Encontro do Movimento Nós Podemos Joinville reuniu no último dia 18, no auditório da Amunesc, representantes de empresas privadas, órgãos públicos e entidades do terceiro setor. Os participantes conheceram a sistemática de trabalho do Movimento que vem se estruturando desde 2009, e a trajetória do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade criado em 2004.

A palestrante Ilda Beneder, representante do Movimento Nós Podemos Paraná, falou a respeito da importância da municipalização do movimento. "Temos que conhecer a realidade de cada cidade, impulsionar a mobilização local e estruturar cada movimento com a idéia de rede", frisa ela. A proposta é que os integrantes do Movimento Nós Podemos Joinville sejam atuantes na execução de projetos orientados pelos oito objetivos de desenvolvimento visando a melhoria da qualidade de vida.

Os oito jeitos de mudar o mundo, elencados na Declaração do Milênio, assinada em setembro de 2000 na Cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) por líderes de 190 países, devem ser alcançados até 2015. O primeiro e principal desafio é a eliminação da fome e a pobreza extrema do planeta.

As empresas, entidades e órgãos públicos que tenham interesse em participar do movimento na cidade podem entrar em contato com a presidente do Comitê Nós Podemos Joinville, Aline Moreira, pelo e-mail amoreira@unimedsc.com.br.
Após a adesão de outras empresas, instituições e órgãos públicos ao movimento, os integrantes começarão o planejamento estratégico de ações e projetos em favor dos oito objetivos de desenvolvimento e da população joinvilense.

Fonte: Assessoria de Comunicação Águas de Joinville - ACOM (com informações da SECOM/PMJ)

segunda-feira, 8 de março de 2010